Em 13 de julho de 1953, quando presidia a comissão que investigava as contas da administração municipal, foi baleado, pelas costas, por João Madeira, funcionário da prefeitura e guarda-costas de Plínio Lemos. Momentos após o atentado, João Madeira foi encontrado - e preso - escondido na residência do citado prefeito. De acordo com o Diário de Pernambuco, após o atentado, João Madeira buscou refúgio na residência de Plínio Lemos, onde permaneceu escondido, tendo sido localizado pelo Delegado Genival Queiroz, pelo vereador Pedro Sabino e pelo dr. Willian Arruda. Nesse local, foi efetuada a sua prisão em flagrante.
Em 15 de julho de 1953, o jornal do Brasil publicou, na coluna "Câmara dos Deputados", mensagem do deputado João Agripino, lida pelo dr. Osvaldo Trigueiro, explicando o ocorrido nos seguintes termos: "(...) o vereador Felix Araújo solicitara, a fim de apreciar, a documentação relativa a despesas de vulto não comprovadas e autorizadas pelo prefeito daquela cidade, Plinio Lemos. Por esse motivo, o jovem vereador, que é estudante, numa das ruas mais centrais da cidade, foi alvejado, pelas costas, por um capanga do chefe do Executivo Municipal, tombando com a coluna vertebral seccionada pelo tiro disparado pelo facínora que, em seguida, se homiziou na residência do próprio prefeito onde o foram encontrar as autoridades policiais". (Jornal do Brasil, edição 00160, caderno 1, p. 9).
Após o atentado, o poeta Felix Araújo foi levado para a casa de saúde dr. Francisco Brasileiro e acompanhado por equipe médica. Permaneceu em estado grave por 14 dias. Além do acompanhamento de médicos de Campina Grande, foi providenciada a vinda do especialista do Recife, o neurocirurgião Dr. Manoel Caetano de Barros, para examinar a gravidade dos ferimentos e proceder à intervenção cirúrgica. É que, segundo publicação do Diário de Pernambuco, “a bala que atingiu o jornalista Felix Araújo atravessou-lhe o pulmão esquerdo e, depois de fraturar duas costelas, foi alojar-se na espinha". A impressão clínica indicava secção da medula, porém a cirurgia foi adiada e condicionada à melhora do grave estado pulmonar do paciente. A cirurgia foi realizada dias após o atentado e apontava a possibilidade de resultar, como consequência, paraplegia.
Nas ruas, a população acompanhava a divulgação de boletins médicos e protestava contra o atentado. Os estudantes da União Universitária e Centro Estudantil também lançaram protestos contra a agressão sofrida pelo poeta Felix Araújo e percorreram, em passeatas, as ruas da cidade. Concomitantemente, doações de sangue e vigílias de orações eram espontaneamente reproduzidas por populares. Os estudantes da Faculdade de Direito do Recife também enviaram mensagens de protesto ao prefeito Plínio Lemos contra a agressão covarde e brutal que foi vítima o estudante de Direito Felix Araújo
Félix Araújo faleceu, em 27 de julho de 1953 (14 dias após o atentado), aos 30 anos de idade em decorrência dos ferimentos, na Casa de Saúde dr. Francisco Brasileiro, em Campina Grande. O assassinato de Felix Araújo "ganhou conotações e proporções políticas", sendo identificado com as causas populares, com movimentos sociais e com as manifestações nacionalistas. Conforme publicado no jornal carioca Correio da Manhã, de 15 de julho de 1953, foi "crime de natureza política em Campina Grande"